Esse é um assunto que venho pesquisando e me incomoda faz tempo. Educação e tecnologia: por quê não andam juntos?
Minha geração, a geração de meus professores, meus pais e avós, tinham praticamente a mesma didática de ensino: copiávamos e colávamos num caderno o que o professor escrevesse no quadro. Aos computadores tive acesso na faculdade, mas educar para tecnologia vai mais além. A geração de hoje já tem acesso a tablets, computadores, celulares, internet, vê filme em 3D, 4D, 6D. Por quê na escola não utilizam meios tecnológicos para embasar uma ideia? Por que não envolver alunos e fazê-los participantes e não só ouvintes? A tecnologia veio apenas para mostrar que está na hora de encarar a educação de forma a compartilhar experiências e ideias.
Uma nova sala de aula, que ofereça envolvimento e curiosidade. Nisso a tecnologia ajuda e muito. A aprendizagem tradicional ganha um jeito novo e deixa as crianças mais envolvidas. É uma ferramenta de engajamento e envolvimento.
A internet nos mostra milhares de opiniões a cerca de determinado assunto. Quem valida essas fontes? Qual o papel da escola ao se omitir destas fontes? Quanto pode ser compartilhado em termos de sala de aula com pesquisas e diversidade de opiniões sobre o mesmo tema? O papel do educador a meu ver é estimular o senso crítico e servir de mediador de opiniões e quebra de paradigmas.
Independente de idade, a educação digital chegou a todos. Seja para comprar algo ou por um passatempo, a internet já incorpora nosso cotidiano. A gente termina o expediente de trabalho e não termina o dia. Vamos checar e-mail, terminar um projeto, pesquisar uma receita, conversar com um amigo distante pelo Skype. É como escovar os dentes antes de dormir. De forma que, naturalmente, incorporamos estes hábitos, as crianças também o fazem.
Os jogos encantam e fascinam tanto as crianças, por quê não usá-los como metodologia em sala de aula, com níveis a serem conquistados, ganhando pontos extras? A aprendizagem não é um contexto e sim o fim, motivar não por ser divertido, porque realmente traz consequências válidas na memorização e concentração aos comandos do professor.
O que realmente me incomoda é essa ideia de que TV e computador deixa a mente vazia de conteúdo e é nociva ao desenvolvimento social. Existem pessoas invisíveis numa sala de aula e que nas redes sociais se sentem menos intimidadas em falar ou discordar. Você aprende com internet? Sim? O que se aprende? O foco no descobrir coisas úteis e interessantes para o dia-a-dia é que vai fazer a diferença. E se este foco também for somado ao foco de uma escola que fornece bons referenciais de pesquisa e força um senso crítico para diferenciar boas e más fontes, formaremos um bom aluno.
A tecnologia não pode ser vilão. Porque se for, estaremos mortos por ela. Um caminho sem volta. O professor que tem medo da concorrência dos celulares em sala de aula, tem que evoluir e deixar sua aula brilhante. Uma boa aula, não tem celular que vá tirar a atenção. Um bom professor não deve temer os meios e sim unir-se a eles.
Muito se espera dessa geração que está se alfabetizando hoje, imersa neste turbilhão de informação. Ensinar a inovar é básico para um país que quer continuar emergindo. Educar para o digital não é o mesmo que informatizar. Não é hardware. Não sou pedagoga, nunca ensinei, mas fui e continuo aluna. E vibro quando saio de uma sala de aula com compreensão e fazendo links com minha realidade , com exemplos vividos no meu dia. Sair feliz com uma aula, é o mesmo que sair com um gol de um jogo de futebol.
Este vídeo é um exemplo de como a tecnologia e educação não é um caminho tão distante.
Este vídeo é um exemplo de como a tecnologia e educação não é um caminho tão distante.
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